1720. O Novo Testamento emprega muitas expressões para caracterizar a bemaventurança
a que Deus chama o homem: a chegada do Reino de Deus (19); a visão
de Deus: «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8)
(20); a entrada na alegria do Senhor (21) a entrada no repouso de Deus (22):
«Lá, descansaremos e veremos: veremos e amaremos; amaremos e louvaremos.
Eis o que acontecerá no fim sem fim. E que outro fim temos nós, sendo chegar ao
Reino que lido tem fim ?» (23).
1721. De facto, Deus colocou-nos no mundo para O conhecermos, servirmos e
amarmos, e assim chegarmos ao paraíso. A bem-aventurança faz-nos participantes
da natureza divina (1 Pe 1, 4) e da vida eterna (24). Com ela, o homem entra na
glória de Cristo (25) e no gozo da vida trinitária.
1722. Uma tal bem-aventurança ultrapassa a inteligência e as simples forças
humanas. Resulta de um dom gratuito de Deus. Por isso se classifica de
sobrenatural, tal como a graça, que dispõe o homem para entrar no gozo de Deus.
«" Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus". É certo que
"ninguém pode ver a Deus" na sua grandeza e glória inenarrável e "continuar a
viver", porque o Pai é inacessível. Mas, no seu amor, na sua bondade para com os
homens e na sua omnipotência, vai ao ponto de conceder aos que O amam esta
graça: ver a Deus [...] porque "o que é impossível aos homens é possível a Deus"»
(26).
1723. A bem-aventurança prometida coloca-nos perante as opções morais
decisivas. Convida-nos a purificar o nosso coração dos seus maus instintos e a
procurar o amor de Deus acima de tudo. E ensina-nos que a verdadeira felicidade
não reside nem na riqueza ou no bem-estar, nem na glória humana ou no poder,
nem em qualquer obra humana, por útil que seja, como as ciências, as técnicas e as
artes, nem em qualquer criatura, mas só em Deus, fonte de todo o bem e de todo
o amor:
«A riqueza á a grande divindade deste tempo: é a ela que a multidão, toda a
massa dos homens, presta instintiva homenagem. Mede-se a felicidade pela
fortuna, como pela fortuna se mede a honorabilidade [...] Tudo provém desta
convicção: com a riqueza, tudo se pode. A riqueza é, pois, um dos ídolos actuais:
outro, é a notoriedade. [...] A notoriedade, o facto de se ser conhecido e de dar
brado no mundo (a que poderia chamar-se fama de imprensa), acabou por ser
considerada como um bem em si mesma, um bem soberano, objecto, até, de
verdadeira veneração» (27).
1724. O decálogo, o sermão da montanha e a catequese apostólica descrevem-nos
os caminhos que conduzem ao Reino dos céus. Por eles avançamos, passo a passo,
pelos actos de cada dia, amparados pela graça do Espírito Santo. Fecundados pela
Palavra de Cristo, pouco a pouco, damos frutos na Igreja para a glória de Deus
(28).
a que Deus chama o homem: a chegada do Reino de Deus (19); a visão
de Deus: «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8)
(20); a entrada na alegria do Senhor (21) a entrada no repouso de Deus (22):
«Lá, descansaremos e veremos: veremos e amaremos; amaremos e louvaremos.
Eis o que acontecerá no fim sem fim. E que outro fim temos nós, sendo chegar ao
Reino que lido tem fim ?» (23).
1721. De facto, Deus colocou-nos no mundo para O conhecermos, servirmos e
amarmos, e assim chegarmos ao paraíso. A bem-aventurança faz-nos participantes
da natureza divina (1 Pe 1, 4) e da vida eterna (24). Com ela, o homem entra na
glória de Cristo (25) e no gozo da vida trinitária.
1722. Uma tal bem-aventurança ultrapassa a inteligência e as simples forças
humanas. Resulta de um dom gratuito de Deus. Por isso se classifica de
sobrenatural, tal como a graça, que dispõe o homem para entrar no gozo de Deus.
«" Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus". É certo que
"ninguém pode ver a Deus" na sua grandeza e glória inenarrável e "continuar a
viver", porque o Pai é inacessível. Mas, no seu amor, na sua bondade para com os
homens e na sua omnipotência, vai ao ponto de conceder aos que O amam esta
graça: ver a Deus [...] porque "o que é impossível aos homens é possível a Deus"»
(26).
1723. A bem-aventurança prometida coloca-nos perante as opções morais
decisivas. Convida-nos a purificar o nosso coração dos seus maus instintos e a
procurar o amor de Deus acima de tudo. E ensina-nos que a verdadeira felicidade
não reside nem na riqueza ou no bem-estar, nem na glória humana ou no poder,
nem em qualquer obra humana, por útil que seja, como as ciências, as técnicas e as
artes, nem em qualquer criatura, mas só em Deus, fonte de todo o bem e de todo
o amor:
«A riqueza á a grande divindade deste tempo: é a ela que a multidão, toda a
massa dos homens, presta instintiva homenagem. Mede-se a felicidade pela
fortuna, como pela fortuna se mede a honorabilidade [...] Tudo provém desta
convicção: com a riqueza, tudo se pode. A riqueza é, pois, um dos ídolos actuais:
outro, é a notoriedade. [...] A notoriedade, o facto de se ser conhecido e de dar
brado no mundo (a que poderia chamar-se fama de imprensa), acabou por ser
considerada como um bem em si mesma, um bem soberano, objecto, até, de
verdadeira veneração» (27).
1724. O decálogo, o sermão da montanha e a catequese apostólica descrevem-nos
os caminhos que conduzem ao Reino dos céus. Por eles avançamos, passo a passo,
pelos actos de cada dia, amparados pela graça do Espírito Santo. Fecundados pela
Palavra de Cristo, pouco a pouco, damos frutos na Igreja para a glória de Deus
(28).
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