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A MISSÃO CONJUNTA DO FILHO E DO ESPÍRITO

689. Aquele que o Pai enviou aos nossos corações, o Espírito do seu Filho (7), é
realmente Deus. Consubstancial ao Pai e ao Filho, é d'Eles inseparável, tanto na
vida íntima da Trindade como no seu dom de amor pelo mundo. Mas ao adorar a
Santíssima Trindade, vivificante, consubstancial e indivisível, a fé da Igreja
professa também a distinção das Pessoas. Quando o Pai envia o seu Verbo, envia
sempre o seu Espírito: missão conjunta na qual o Filho e o Espírito Santo são
distintos mas inseparáveis. Sem dúvida, é Cristo quem aparece, Ele que é a
Imagem visível de Deus invisível; mas é o Espírito Santo quem O revela.
690. Jesus é Cristo, «ungido», porque o Espírito é d'Ele a Unção; e tudo quanto
acontece a partir da Encarnação, decorre desta plenitude (8). Finalmente, quando
Cristo é glorificado (9), pode, por sua vez, enviar de junto do Pai, o Espírito, aos
que crêem n'Ele: comunica-lhes a sua glória (10), quer dizer, o Espírito Santo que O
glorifica (11). A missão conjunta desenvolver-se-á, a partir desse momento, nos
filhos adoptados pelo Pai no Corpo do seu Filho: a missão do Espírito de adopção
consistirá em uni-los a Cristo e fazê-los viver n' Ele:
«A unção sugere... que não há nenhuma distância entre o Filho e o Espírito. Com
efeito, do mesmo modo que entre a superfície do corpo e a unção do óleo, nem a
razão nem os sentidos encontram qualquer entremeio, assim é imediato o
contacto do Filho com o Espírito, de tal modo que aquele que vai tomar contacto
com o Filho pela fé, tem que contactar primeiro com o óleo. Com efeito, não há
pane alguma que esteja despida do Espírito Santo. É por isso que a confissão do
Senhorio do Filho se faz no Espírito Santo para aqueles que a recebem, pois o
Espírito vem, de todos os lados, ao encontro daqueles que se aproximam pela fé»
(12).

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