1042. No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Depois do Juízo
final, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o
próprio universo será renovado:
Então a Igreja alcançará «na glória celeste, a sua realização acabada, quando vier
o tempo da restauração de todas as coisas e, quando, juntamente com o género
humano, também o universo inteiro, que ao homem está intimamente ligado e por
ele atinge o seu fim, for perfeitamente restaurado em Cristo» (639).
1043. A esta misteriosa renovação, que há-de transformar a humanidade e o
mundo, a Sagrada Escritura chama «os novos céus e a nova terra» (2 Pe 3, 13)
(640). Será a realização definitiva do desígnio divino de «reunir sob a chefia de
Cristo todas as coisas que há nos céus e na terra» (Ef 1, 10).
1044. Neste «mundo novo» (641), a Jerusalém celeste, Deus terá a sua morada
entre os homens. «Há-de enxugar-lhes dos olhos todas as lágrimas; a morte
deixará de existir, e não mais haverá luto, nem clamor, nem fadiga. Porque o que
havia anteriormente desapareceu» (Ap 21, 4) (642).
1045. Para o homem, esta consumação será a realização final da unidade do
género humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja peregrina era
«como que o sacramento» (643). Os que estiverem unidos a Cristo formarão a
comunidade dos resgatados, a «Cidade santa de Deus» (Ap 21, 2), a «Esposa do
Cordeiro» (Ap 21, 9). Esta não mais será atingida pelo pecado, pelas manchas
(644), pelo amor próprio, que destroem e ferem a comunidade terrena dos
homens. A visão beatífica, em que Deus Se manifestará aos eleitos de modo
inesgotável, será a fonte inexaurível da felicidade, da paz e da mútua comunhão.
1046. Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de destino
entre o mundo material e o homem:
Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus [...]
com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da
corrupção que escraviza [...]. Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e
sofre as dores da maternidade. E não só ela, mas também nós, que possuímos as
primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adopção filial e a
libertação do nosso corpo» (Rm 8, 19-23).
1047. Assim, pois, também o universo visível está destinado a ser transformado,
«a fim de que o próprio mundo, restaurado no seu estado primitivo, esteja sem
mais nenhum obstáculo ao serviço dos justos» (645), participando na sua
glorificação em Jesus Cristo ressuscitado.
1048. «Ignoramos o tempo em que a terra e a humanidade atingirão a sua
plenitude, e também não sabemos como é que o universo será transformado.
Porque a figura deste mundo, deformada pelo pecado, passa certamente, mas
Deus ensina-nos que se prepara uma nova habitação e uma nova terra, na qual
reinará a justiça e cuja felicidade satisfará e superará todos os desejos de paz que
se levantam no coração dos homens» (646).
1049. «A expectativa da nova terra não deve, porém, enfraquecer, mas antes
activar a solicitude em ordem a desenvolver esta terra onde cresce o corpo da
nova família humana, que já consegue apresentar uma certa prefiguração do
mundo futuro. Por conseguinte, embora o progresso terreno se deva
cuidadosamente distinguir do crescimento do Reino de Cristo, todavia, na medida
em que pode contribuir para a melhor organização da sociedade humana,
interessa muito ao Reino de Deus» (647).
1050. «Pois todos os bens da dignidade humana, da comunhão fraterna e da
liberdade, ou seja, todos os frutos excelentes da natureza e do nosso esforço,
depois de os termos propagado pela terra, no Espírito do Senhor e segundo o seu
mandato, voltaremos de novo a encontrá-los, mas então purificados de qualquer
mancha, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o Reino
eterno e universal» (648). Então, Deus será «tudo em todos» (1 Cor 15, 28),
na vida eterna:
«A vida subsistente e verdadeira é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo,
derrama sobre todos sem excepção os dons celestes. Graças à sua misericórdia,
também nós, homens, recebemos a promessa indefectível da vida eterna» (649).
final, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o
próprio universo será renovado:
Então a Igreja alcançará «na glória celeste, a sua realização acabada, quando vier
o tempo da restauração de todas as coisas e, quando, juntamente com o género
humano, também o universo inteiro, que ao homem está intimamente ligado e por
ele atinge o seu fim, for perfeitamente restaurado em Cristo» (639).
1043. A esta misteriosa renovação, que há-de transformar a humanidade e o
mundo, a Sagrada Escritura chama «os novos céus e a nova terra» (2 Pe 3, 13)
(640). Será a realização definitiva do desígnio divino de «reunir sob a chefia de
Cristo todas as coisas que há nos céus e na terra» (Ef 1, 10).
1044. Neste «mundo novo» (641), a Jerusalém celeste, Deus terá a sua morada
entre os homens. «Há-de enxugar-lhes dos olhos todas as lágrimas; a morte
deixará de existir, e não mais haverá luto, nem clamor, nem fadiga. Porque o que
havia anteriormente desapareceu» (Ap 21, 4) (642).
1045. Para o homem, esta consumação será a realização final da unidade do
género humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja peregrina era
«como que o sacramento» (643). Os que estiverem unidos a Cristo formarão a
comunidade dos resgatados, a «Cidade santa de Deus» (Ap 21, 2), a «Esposa do
Cordeiro» (Ap 21, 9). Esta não mais será atingida pelo pecado, pelas manchas
(644), pelo amor próprio, que destroem e ferem a comunidade terrena dos
homens. A visão beatífica, em que Deus Se manifestará aos eleitos de modo
inesgotável, será a fonte inexaurível da felicidade, da paz e da mútua comunhão.
1046. Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de destino
entre o mundo material e o homem:
Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus [...]
com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da
corrupção que escraviza [...]. Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e
sofre as dores da maternidade. E não só ela, mas também nós, que possuímos as
primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adopção filial e a
libertação do nosso corpo» (Rm 8, 19-23).
1047. Assim, pois, também o universo visível está destinado a ser transformado,
«a fim de que o próprio mundo, restaurado no seu estado primitivo, esteja sem
mais nenhum obstáculo ao serviço dos justos» (645), participando na sua
glorificação em Jesus Cristo ressuscitado.
1048. «Ignoramos o tempo em que a terra e a humanidade atingirão a sua
plenitude, e também não sabemos como é que o universo será transformado.
Porque a figura deste mundo, deformada pelo pecado, passa certamente, mas
Deus ensina-nos que se prepara uma nova habitação e uma nova terra, na qual
reinará a justiça e cuja felicidade satisfará e superará todos os desejos de paz que
se levantam no coração dos homens» (646).
1049. «A expectativa da nova terra não deve, porém, enfraquecer, mas antes
activar a solicitude em ordem a desenvolver esta terra onde cresce o corpo da
nova família humana, que já consegue apresentar uma certa prefiguração do
mundo futuro. Por conseguinte, embora o progresso terreno se deva
cuidadosamente distinguir do crescimento do Reino de Cristo, todavia, na medida
em que pode contribuir para a melhor organização da sociedade humana,
interessa muito ao Reino de Deus» (647).
1050. «Pois todos os bens da dignidade humana, da comunhão fraterna e da
liberdade, ou seja, todos os frutos excelentes da natureza e do nosso esforço,
depois de os termos propagado pela terra, no Espírito do Senhor e segundo o seu
mandato, voltaremos de novo a encontrá-los, mas então purificados de qualquer
mancha, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o Reino
eterno e universal» (648). Então, Deus será «tudo em todos» (1 Cor 15, 28),
na vida eterna:
«A vida subsistente e verdadeira é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo,
derrama sobre todos sem excepção os dons celestes. Graças à sua misericórdia,
também nós, homens, recebemos a promessa indefectível da vida eterna» (649).
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