857. A Igreja é apostólica, porque está fundada sobre os Apóstolos. E isso em três
sentidos:
– foi e continua a ser construída sobre o «alicerce dos Apóstolos» (Ef 2, 20 (368)),
testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo (369);
– guarda e transmite, com a ajuda do Espírito Santo que nela habita, a doutrina
(370), o bom depósito, as sãs palavras recebidas dos Apóstolos (371);
– continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos Apóstolos até ao regresso
de Cristo, graças àqueles que lhes sucedem no ofício pastoral: o colégio dos bispos,
«assistido pelos presbíteros, em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da
Igreja»:
«Pastor eterno, não abandonais o vosso rebanho, mas sempre o guardais e
protegeis por meio dos santos Apóstolos, para que seja conduzido através dos
tempos, pelos mesmos chefes que pusestes à sua frente como representantes do
vosso Filho, Jesus Cristo» (373).
A MISSÃO DOS APÓSTOLOS
858. Jesus é o enviado do Pai. Desde o princípio do seu ministério, «chamou para
junto de Si os que Lhe aprouve [...] e deles estabeleceu Doze, para andarem
consigo e para os enviar a pregar» (Mc 3, 13-14). A partir de então, eles serão os
seus «enviados» (é o que significa a palavra grega apostoloi). Neles, Jesus continua
a sua própria missão: «Tal como o Pai Me enviou, assim Eu vos envio a vós» (Jo 20,
21) (374). O seu ministério é, pois, a continuação da própria missão de Jesus:
«Quem vos acolhe, acolhe-Me a Mim», disse Ele aos Doze (Mt10, 40) (375).
859. Jesus uniu-os à missão que Ele próprio recebera do Pai: «assim como o Filho
não pode fazer nada por Si mesmo» (Jo 5, 19.30), mas tudo recebe do Pai que O
enviou, assim também aqueles que Jesus envia nada podem fazer sem Ele (376);
d'Ele recebem o mandato da missão e o poder de o cumprir. Os apóstolos de Cristo
sabem, portanto, que são qualificados por Deus como «ministros de uma Aliança
nova» (2 Cor 3, 6), «ministros de Deus» (2 Cor 6, 4), «embaixadores de Cristo»
(2 Cor 5, 20), «servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus» (1
Cor 4, 1).
860. No múnus dos Apóstolos há um aspecto intransmissível: serem as
testemunhas escolhidas da ressurreição do Senhor e os alicerces da Igreja. Mas há
também um aspecto da sua missão que permanece. Cristo prometeu estar com
eles até ao fim dos tempos (377). «A missão divina confiada por Jesus aos
Apóstolos é destinada a durar até ao fim dos séculos, uma vez que o Evangelho
que devem transmitir é, para a Igreja, princípio de toda a sua vida em todos os
tempos. Por isso é que os Apóstolos tiveram o cuidado de instituir [...] sucessores»
(378).
OS BISPOS, SUCESSORES DOS APÓSTOLOS
861. «Para que a missão que lhes fora confiada pudesse ser continuada depois da
sua morte, os Apóstolos, como que por testamento, mandataram os seus
cooperadores imediatos para levarem a cabo a sua tarefa e consolidarem a obra
por eles começada, encomendando-lhes a guarda do rebanho em que o Espírito
Santo os tinha instituído para apascentar a Igreja de Deus. Assim, instituíram
homens nestas condições e tudo dispuseram para que, após a sua morte, outros
homens provados tomassem conta do seu ministério» (379).
862. «Do mesmo modo que o encargo confiado pelo Senhor singularmente a Pedro,
o primeiro dos Apóstolos, e destinado a ser transmitido aos seus sucessores, é um
múnus permanente, assim também é permanente o múnus confiado aos Apóstolos
de serem pastores da Igreja, múnus cuja perenidade a ordem sagrada dos bispos
deve garantir». Por isso, a Igreja ensina que, «em virtude da sua instituição
divina, os bispos sucedem aos Apóstolos como pastores da Igreja, de modo que
quem os ouve, ouve a Cristo e quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que
enviou Cristo» (380).
O APOSTOLADO
863. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, através dos sucessores de
Pedro e dos Apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem.
Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é «enviada» a todo o mundo. Todos
os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. «A
vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado». E chamamos
«apostolado» a «toda a actividade do Corpo Místico» tendente a «alargar o Reino
de Cristo à terra inteira» (381).
864. «Sendo Cristo, enviado do Pai, a fonte e a origem de todo o apostolado da
Igreja», é evidente que a fecundidade do apostolado, tanto dos ministros
ordenados como dos leigos, depende da sua união vital com Cristo (382). Segundo
as vocações, as exigências dos tempos e os vários dons do Espírito Santo, o
apostolado toma as formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida
principalmente na Eucaristia, «que é como que a alma de todo o apostolado»
(383).
865. A Igreja é una, santa, católica e apostólica na sua identidade profunda e
última, porque é nela que existe desde já, e será consumado no fim dos tempos, «o
Reino dos céus», «o Reino de Deus» (384), que veio até nós na Pessoa de Cristo e
que cresce misteriosamente no coração dos que n'Ele estão incorporados, até à
sua plena manifestação escatológica. Então,todos os homens por Ele resgatados e
n' Ele tornados «santos e imaculados na presença de Deus no amor» (385), serão
reunidos como o único povo de Deus, «a Esposa do Cordeiro» (386), «a Cidade
santa descida do céu, de junto de Deus, trazendo em si a glória do mesmo Deus»
(387). E «a muralha da cidade assenta sobre doze alicerces, cada um dos quais tem
o nome de um dos Doze apóstolos do Cordeiro» (Ap 21, 14).
sentidos:
– foi e continua a ser construída sobre o «alicerce dos Apóstolos» (Ef 2, 20 (368)),
testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo (369);
– guarda e transmite, com a ajuda do Espírito Santo que nela habita, a doutrina
(370), o bom depósito, as sãs palavras recebidas dos Apóstolos (371);
– continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos Apóstolos até ao regresso
de Cristo, graças àqueles que lhes sucedem no ofício pastoral: o colégio dos bispos,
«assistido pelos presbíteros, em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da
Igreja»:
«Pastor eterno, não abandonais o vosso rebanho, mas sempre o guardais e
protegeis por meio dos santos Apóstolos, para que seja conduzido através dos
tempos, pelos mesmos chefes que pusestes à sua frente como representantes do
vosso Filho, Jesus Cristo» (373).
A MISSÃO DOS APÓSTOLOS
858. Jesus é o enviado do Pai. Desde o princípio do seu ministério, «chamou para
junto de Si os que Lhe aprouve [...] e deles estabeleceu Doze, para andarem
consigo e para os enviar a pregar» (Mc 3, 13-14). A partir de então, eles serão os
seus «enviados» (é o que significa a palavra grega apostoloi). Neles, Jesus continua
a sua própria missão: «Tal como o Pai Me enviou, assim Eu vos envio a vós» (Jo 20,
21) (374). O seu ministério é, pois, a continuação da própria missão de Jesus:
«Quem vos acolhe, acolhe-Me a Mim», disse Ele aos Doze (Mt10, 40) (375).
859. Jesus uniu-os à missão que Ele próprio recebera do Pai: «assim como o Filho
não pode fazer nada por Si mesmo» (Jo 5, 19.30), mas tudo recebe do Pai que O
enviou, assim também aqueles que Jesus envia nada podem fazer sem Ele (376);
d'Ele recebem o mandato da missão e o poder de o cumprir. Os apóstolos de Cristo
sabem, portanto, que são qualificados por Deus como «ministros de uma Aliança
nova» (2 Cor 3, 6), «ministros de Deus» (2 Cor 6, 4), «embaixadores de Cristo»
(2 Cor 5, 20), «servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus» (1
Cor 4, 1).
860. No múnus dos Apóstolos há um aspecto intransmissível: serem as
testemunhas escolhidas da ressurreição do Senhor e os alicerces da Igreja. Mas há
também um aspecto da sua missão que permanece. Cristo prometeu estar com
eles até ao fim dos tempos (377). «A missão divina confiada por Jesus aos
Apóstolos é destinada a durar até ao fim dos séculos, uma vez que o Evangelho
que devem transmitir é, para a Igreja, princípio de toda a sua vida em todos os
tempos. Por isso é que os Apóstolos tiveram o cuidado de instituir [...] sucessores»
(378).
OS BISPOS, SUCESSORES DOS APÓSTOLOS
861. «Para que a missão que lhes fora confiada pudesse ser continuada depois da
sua morte, os Apóstolos, como que por testamento, mandataram os seus
cooperadores imediatos para levarem a cabo a sua tarefa e consolidarem a obra
por eles começada, encomendando-lhes a guarda do rebanho em que o Espírito
Santo os tinha instituído para apascentar a Igreja de Deus. Assim, instituíram
homens nestas condições e tudo dispuseram para que, após a sua morte, outros
homens provados tomassem conta do seu ministério» (379).
862. «Do mesmo modo que o encargo confiado pelo Senhor singularmente a Pedro,
o primeiro dos Apóstolos, e destinado a ser transmitido aos seus sucessores, é um
múnus permanente, assim também é permanente o múnus confiado aos Apóstolos
de serem pastores da Igreja, múnus cuja perenidade a ordem sagrada dos bispos
deve garantir». Por isso, a Igreja ensina que, «em virtude da sua instituição
divina, os bispos sucedem aos Apóstolos como pastores da Igreja, de modo que
quem os ouve, ouve a Cristo e quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que
enviou Cristo» (380).
O APOSTOLADO
863. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, através dos sucessores de
Pedro e dos Apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem.
Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é «enviada» a todo o mundo. Todos
os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. «A
vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado». E chamamos
«apostolado» a «toda a actividade do Corpo Místico» tendente a «alargar o Reino
de Cristo à terra inteira» (381).
864. «Sendo Cristo, enviado do Pai, a fonte e a origem de todo o apostolado da
Igreja», é evidente que a fecundidade do apostolado, tanto dos ministros
ordenados como dos leigos, depende da sua união vital com Cristo (382). Segundo
as vocações, as exigências dos tempos e os vários dons do Espírito Santo, o
apostolado toma as formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida
principalmente na Eucaristia, «que é como que a alma de todo o apostolado»
(383).
865. A Igreja é una, santa, católica e apostólica na sua identidade profunda e
última, porque é nela que existe desde já, e será consumado no fim dos tempos, «o
Reino dos céus», «o Reino de Deus» (384), que veio até nós na Pessoa de Cristo e
que cresce misteriosamente no coração dos que n'Ele estão incorporados, até à
sua plena manifestação escatológica. Então,todos os homens por Ele resgatados e
n' Ele tornados «santos e imaculados na presença de Deus no amor» (385), serão
reunidos como o único povo de Deus, «a Esposa do Cordeiro» (386), «a Cidade
santa descida do céu, de junto de Deus, trazendo em si a glória do mesmo Deus»
(387). E «a muralha da cidade assenta sobre doze alicerces, cada um dos quais tem
o nome de um dos Doze apóstolos do Cordeiro» (Ap 21, 14).
Nenhum comentário:
Postar um comentário