583. Jesus, como antes d'Ele os profetas, professou pelo templo de Jerusalém o
mais profundo respeito. Ali foi apresentado por José e Maria, quarenta dias depois
do seu nascimento (375). Na idade de doze anos, decidiu ficar no templo para
lembrar aos seus pais que tinha de Se ocupar das coisas de seu Pai (376). Ao
templo subiu todos os anos, ao menos pela Páscoa, durante a vida oculta (377). O
seu próprio ministério público foi ritmado pelas peregrinações a Jerusalém nas
grandes festas judaicas (378).
584. Jesus subiu ao templo como quem sobe ao lugar privilegiado de encontro com
Deus. O templo é para Ele a casa do seu Pai, uma casa de oração, e indigna-Se com
o facto de o átrio exterior se ter tornado lugar de negócio (379). Se expulsa os
vendilhões do templo é pelo amor zeloso a seu Pai: «Não façais da casa do meu Pai
casa de comércio». «Os discípulos recordaram-se de que estava escrito: "O zelo
pela tua casa devorar-me-á" (Sl 69, 10)» (Jo 2, 16-17). Depois da ressurreição, os
Apóstolos guardaram para com o templo um respeito religioso (380).
585. No entanto, nas vésperas da sua paixão, Jesus anunciou a ruína deste
esplêndido edifício, do qual não ficaria pedra sobre pedra (381). Há aqui o anúncio
dum sinal dos últimos tempos, que vão iniciar-se com a sua própria Páscoa (382).
Mas esta profecia pôde ser referida de modo deturpado por falsas testemunhas,
quando do interrogatório a que Jesus foi sujeito em casa do sumo-sacerdote (383)
e ser-Lhe lançada em rosto, como injúria, quando agonizava, pregado na cruz (384).
586. Longe de ter sido contra o templo (385) onde proclamou o essencial da sua
doutrina (386), Jesus quis pagar o imposto do templo, associando a Si Pedro (387),
que Ele acabara de estabelecer como pedra basilar da sua Igreja futura (388). Mais
ainda: identificou-Se com o templo, apresentando-Se como a morada definitiva de
Deus entre os homens (389). Por isso é que a sua entrega à morte corporal (390)
prenuncia a destruição do templo, a qual vai assinalar a entrada numa nova idade
da história da salvação: «Vai chegar a hora em que nem neste monte nem em
Jerusalém adorareis o Pai» (Jo 4, 21) (391).
mais profundo respeito. Ali foi apresentado por José e Maria, quarenta dias depois
do seu nascimento (375). Na idade de doze anos, decidiu ficar no templo para
lembrar aos seus pais que tinha de Se ocupar das coisas de seu Pai (376). Ao
templo subiu todos os anos, ao menos pela Páscoa, durante a vida oculta (377). O
seu próprio ministério público foi ritmado pelas peregrinações a Jerusalém nas
grandes festas judaicas (378).
584. Jesus subiu ao templo como quem sobe ao lugar privilegiado de encontro com
Deus. O templo é para Ele a casa do seu Pai, uma casa de oração, e indigna-Se com
o facto de o átrio exterior se ter tornado lugar de negócio (379). Se expulsa os
vendilhões do templo é pelo amor zeloso a seu Pai: «Não façais da casa do meu Pai
casa de comércio». «Os discípulos recordaram-se de que estava escrito: "O zelo
pela tua casa devorar-me-á" (Sl 69, 10)» (Jo 2, 16-17). Depois da ressurreição, os
Apóstolos guardaram para com o templo um respeito religioso (380).
585. No entanto, nas vésperas da sua paixão, Jesus anunciou a ruína deste
esplêndido edifício, do qual não ficaria pedra sobre pedra (381). Há aqui o anúncio
dum sinal dos últimos tempos, que vão iniciar-se com a sua própria Páscoa (382).
Mas esta profecia pôde ser referida de modo deturpado por falsas testemunhas,
quando do interrogatório a que Jesus foi sujeito em casa do sumo-sacerdote (383)
e ser-Lhe lançada em rosto, como injúria, quando agonizava, pregado na cruz (384).
586. Longe de ter sido contra o templo (385) onde proclamou o essencial da sua
doutrina (386), Jesus quis pagar o imposto do templo, associando a Si Pedro (387),
que Ele acabara de estabelecer como pedra basilar da sua Igreja futura (388). Mais
ainda: identificou-Se com o templo, apresentando-Se como a morada definitiva de
Deus entre os homens (389). Por isso é que a sua entrega à morte corporal (390)
prenuncia a destruição do templo, a qual vai assinalar a entrada numa nova idade
da história da salvação: «Vai chegar a hora em que nem neste monte nem em
Jerusalém adorareis o Pai» (Jo 4, 21) (391).
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