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AMÉM

1061. O Credo, tal como o último livro da Sagrada Escritura (655) termina com a
palavra hebraica Ámen, palavra que se encontra com frequência no final das
orações do Novo Testamento. Do mesmo modo, a Igreja termina com um «Ámen»
as suas orações.
1062. Em hebraico, Ámen está ligado à mesma raiz que a palavra «crer», raiz que
exprime solidez, confiança, fidelidade. Assim se compreende porque é que o
«Ámen» se pode dizer tanto da fidelidade de Deus para connosco como da nossa
confiança n'Ele.
1063. No profeta Isaías encontramos a expressão «Deus de verdade», literalmente
«Deus do Ámen», quer dizer, o Deus fiel às suas promessas: «Todo aquele que
desejar ser abençoado sobre a terra deve desejar sê-lo pelo Deus fiel (do Ámen)»
(Is 65, 16). Nosso Senhor emprega frequentemente a palavra «Ámen» (656), por
vezes sob forma redobrada » (657), para sublinhar a confiança que deve inspirar a
sua doutrina, a sua autoridade fundada na verdade de Deus.
1064. O «Ámen» final do Credo retoma e confirma, portanto, a palavra com que
começa: «Creio». Crer é dizer «Ámen» às palavras, às promessas, aos
mandamentos de Deus; é fiar-se totalmente n'Aquele que é o «Ámen» de infinito
amor e perfeita fidelidade. A vida cristã de cada dia será, então, o «Ámen» ao
«Creio» da profissão de fé do nosso Baptismo:
«Que o teu Símbolo seja para ti como um espelho. Revê-te nele, para ver se crês
tudo quanto dizes crer. E alegra-te todos os dias na tua fé» (658).
1065. O próprio Jesus Cristo é o «Ámen» (Ap 3, 14). É o Ámen definitivo do amor
do Pai para connosco: assume e leva a bom termo o nosso «Ámen» ao Pai: «É que
todas as promessas de Deus encontram n'Ele um «sim»! Desse modo, por seu
intermédio, nós dizemos «Ámen» a Deus, a fim de lhe darmos glória» (2 Cor 1, 20):
«Por Cristo, com Cristo, em Cristo,
a Vós, Deus Pai todo-poderoso,
na unidade do Espírito Santo,
toda a honra e toda a glória
agora e para sempre.
ÁMEN» (659).

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